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Foto do escritorIris Alessi

5 dicas para sair do tricô basicão


Ao longo do tempo que venho dando aulas, uma das coisas que mais ouço é: “Quero aprender a fazer coisas diferentes, pois só sei fazer peças retas no tricô.”


Quando eu ouço essa frase eu fico bem feliz, pois diante de mim está uma pessoa que já praticou bastante os pontos básicos – e provavelmente já tem alguma destreza com as agulhas – e é uma pessoa que quer aprender algo novo.


Pensando nessas pessoas que querem sair do tricô basicão que preparei essas dicas.


Nota: não estou falando que o básico é ruim. Eu gosto muito de fazer minhas peças com os dois pontos mais básicos do tricô, mas é sempre bom saber fazer coisas diferentes para que sua peça fique mais bonita.


1Acredite que você pode fazer mais do que já faz

Muitas tricoteiras não acreditam nelas mesmas (falo tricoteiras no feminino, mas os meninos estão incluídos aqui). Todo mundo pode fazer mais do que já faz. Todo mundo pode aprender algo novo. E o que acontece quando qualquer pessoa coloca na cabeça dela que ela não pode fazer algo? Ela bloqueia e não faz. Por isso acredite em você. Isso é um fator que faz muita diferença para qualquer aprendizado. Estar disposta a aprender e acreditar que pode aprender já faz uma grande diferença.


E mais, mesmo que seja “difícil”, e sempre é porque ninguém nasceu sabendo fazer nada, quando investimos esforço e boa vontade tudo é possível.


2Procure incentivos que possam te desafiar


O que mais faz uma tricoteira “evoluir” é se desafiar. Eu tenho praticado isso na minha vida e sempre que quero fazer algo novo procuro tricotar algo que eu nunca tenha feito. Aqui não estou falando de peças e sim de técnicas que ainda não tenha trabalhado.



Como, às vezes, é chato aplicar a técnica apenas em um pedacinho de tecido, eu procuro peças que tenham essa técnica que quero aprender. Por exemplo, a blusa Block Buster que eu fiz, eu escolhi ela pelas técnicas de top-down aplicadas nela.


Eu poderia ter tecido apenas uma blusa infantil para conhecer as técnicas? Poderia. Mas foi muito mais gratificante ter uma peça pronta no final. Escolha o seu próximo desafio e se dedique a ele.


3Pratique o máximo possível o que aprendeu


Vou contar um segredo para vocês, mas não espalhem porque este é só para quem lê o blog. O nosso cérebro é maravilhoso e super potente, porém não é apenas de tricô que ele vive. Por isso, não dá para confiar que em apenas uma vez apresentamos algo para ele, ele será capaz que gravar tudo corretamente.


Desculpem-me os superdotados, mas precisamos praticar aquilo que aprendemos o máximo que pudermos. É assim, com a prática, que o cérebro assimila todas as informações que passamos a ele.


Além de aprender, preciso dizer que os exercícios repetitivos do tricô são relaxantes e se comparam com a meditação. Se você ainda não sabia disso, te convido a ler este texto aqui.


4Coloque metas em seus projetos


Ao longo do tempo eu sempre fui a pessoa mais desorganizada em questão das peças feitas à mão. Quem me conhece sabe que eu gosto de trabalhar com agulhas finas e peças que demandam tempo para fazer.


Na minha cabeça, já que as peças iriam “demorar” para serem produzidas, eu poderia abraçar o mundo e começar duas, três, até quatro projetos ao mesmo tempo. O que isso acarretava?? Um monte de projetos em andamento que não eram finalizados nunca ou que demoravam uma eternidade para ficarem prontos.


Mais recentemente, vocês leram isso aqui, eu passei a me dedicar a um projeto de cada vez. E para cada um deles eu coloquei prazos e metas. Não acreditei em quanto eu posso tecer diariamente. Todas as minhas peças estão sendo devidamente cronometradas e estou satisfeita em saber que posso terminá-las em menos tempo que imaginava.


Se você quer aprimorar o seu tricô, eu te convido a também fazer isso. Por exemplo, se você só faz cachecóis, que tal colocar uma meta de fazer uma blusa em três meses. Nesta blusa, você pode colocar os desafios que quer aprender: decote, cava, aumentos e diminuições. Você vai ser surpreender com o que pode fazer.


5Não tenha medo de errar


Depois de colocar tudo em prática, não tenha medo de errar. Todo mundo nessa vida erra. E o que mais nós fazemos (nós adultos) é deixar de fazer algo pelo medo de errar. Errar faz parte da vida, é humano!


Vou contar uma coisa para vocês que eu tenho tentado aplicar na vida. As pessoas não vão te julgar porque você errou e, se alguém fizer isso, quem terá uma preocupação será ela e não você.


Errar faz parte do aprendizado e eu já errei muito tricotando e erro toda a semana em algum trabalho e não é por isso que eu desisto de aprender algo novo. Se você errou, não tenha medo de desmanchar e recomeçar. Pense quanto você aprendeu e o que isso acrescentou em sua vida.


Então, vamos aprender algo novo hoje? Me conta qual o seu próximo desafio e qual a sua meta?


Se precisar de ajuda, pode contar contato comigo!


 

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2 comentarios


Silvia Quinato
Silvia Quinato
17 sept 2020

Essa sou eu, só faço o básico!!! Comecei a aprender tricô em 2016 mas, desde março deste ano, por conta da quarentena, é que estou investindo mais nas minhas técnicas. Foi quando te conheci, grande satisfação!!! Estou fazendo um top down, cava raglan, agulha circular mas só ponto meia. Preciso mudar isso, quero sua ajuda, sim!!! Admiro muito seu trabalho!!!

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Adorei! O que me levou a participar das suas aulas foi justamente a vontade de aprender técnicas novas e aprimorar a forma de fazer tricô. Meu próximo desafio é refazer a blusa top down com decote que está parada por enquanto.

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